As compulsões são comportamentos ou atos mentais repetitivos que a pessoa se sente conscientemente compelida a fazer como resposta ao desconforto relacionado a regras próprias rígidas ou mesmo pensamentos obsessivos. As obsessões, por sua vez, são pensamentos, imagens mentais ou impulsos que são repetitivos, persistentes e não desejados, causando ansiedade e mal-estar, além de interferir negativamente nas tarefas diárias e vida social. Obsessões e compulsões podem ocorrer simultaneamente, como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), onde a existência de uma obsessão e a realização de comportamentos compulsivos como uma tentativa de diminuir ou eliminar a aflição causada criam um ciclo vicioso que geralmente é difícil de ser tratado.
Apesar dos comportamentos compulsivos transmitirem um alívio de uma “ansiedade” ou obsessão, eles não são prazerosos e tornam a pessoa de certa forma dependente dos hábitos repetitivos. Dessa forma, esses comportamentos podem afetar a convivência social, familiar e a vida profissional da pessoa que vive com tal condição clínica, uma vez que os atos repetitivos tomam tempo, podem afetar a maneira como o indivíduo é representado socialmente e até a forma como ele vê a si mesmo.
É importante a ressalva quanto à presença do TOC e comportamentos compulsivos. Não há distinção de idade, cor, gênero, classe social etc. Os sintomas são semelhantes em diversas culturas e populações e podem ocorrer em diferentes faixas etárias.
Diagnóstico
O diagnóstico definitivo do TOC e de outras condições de comportamentos compulsivos é essencialmente clínico, não existindo exames laboratoriais que os identifiquem. O especialista em saúde mental avalia a obsessão e/ou compulsão e considera fatores como a duração dos sintomas, a periodicidade e a interferência deles nas atividades, bem como se causa sofrimento ou incômodo ao paciente e pessoas de seu convívio. O psiquiatra é o profissional médico mais preparado para estabelecer o diagnóstico do quadro clínico e também as devidas condutas.
Tratamento
O tratamento é baseado em práticas psicoterapêuticas; no caso do TOC, por exemplo, técnicas como a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem o objetivo de diminuir a ocorrência das compulsões como resposta às obsessões. Quando indicado pelo psiquiatra, medicamentos (por exemplo, antidepressivos) também podem compor o tratamento. A prescrição desses medicamentos deverá sempre ser feita pelo especialista e responsável pelo tratamento do paciente. O acompanhamento e a relação médico-paciente são fundamentais para uma melhora do quadro, que tanto atrapalha a vida das pessoas afetadas e daqueles que convivem com elas.
Referências:
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